quinta-feira, 9 de maio de 2013

Às mamães, com carinho!

O comércio está em festa. Tudo está girando em volta do Dia das Mães. É muito fácil para a publicidade e propaganda fazerem comerciais, chamadas para as compras, nestes dias, pois a figura materna evoca uma visão de amor completa. Ela é o protótipo do criador, que dá a vida. No útero materno fomos gerados, formados, dados à luz. No calor do colo de nossas mães fomos consolados, ninados, afagados; nosso choro se transformou em riso, nossas lágrimas se enxugaram, nossos corações se alentaram, pelo carinho que recebemos. Crescemos, comendo a comida que elas fizeram, aprendendo o que elas nos ensinaram. Fomos para a vida, cheios de força, coragem e garra, pois delas tivemos o exemplo que valia a pena ser seguido. Algumas vezes, ou muitas, talvez, brigamos com elas, não  tínhamos a mesma opinião. Eram de outro mundo, não nos compreendiam, pensávamos nós. Estavam atrasadas no tempo, por fora, não estavam antenadas, não eram modernas. Chegamos a fazer coisas que elas literalmente disseram para não fazermos. Ah! Com o tempo descobrimos que elas estavam certas. Ai de nós! Erramos porque não as ouvimos, não levamos em conta a experiência de vida, fomos soberbos em nossa juventude. Com o passar dos anos nos conscientizamos que a sabedoria de nossas mães era mais e melhor que o conhecimento das famosas universidades. Em Harvard pode haver excelentes mestres, doutores do saber, porém, não há nenhum que possa aliar o conhecimento ao amor por nós como nossas mães. Só o amor materno é capaz de ver com o coração, julgar retamente cada caso, com destreza notável. Podem errar? Claro, são falíveis  Mas, na maioria das vezes, em casos concretos, relativos à vida e ao que é melhor para os filhos têm acertado. Nesta pauta quero expressar minha gratidão à minha mãe, in memorian, Sra. Vilma Marinho de Brito. Mulher simples, do povo, trabalhadora, costurou, lavou roupa, fez baixeiros de lã para cavalos, ganhou dinheiro suado para sustentar os filhos, depois que papai morreu. Éramos três filhos pequenos, eu com 9, meu irmão Jairo com 12 e minha irmã Vanilda com 8 anos, quando nosso pai, Realino de Brito, faleceu, em Nova Granada, SP, cidade onde morávamos, em 1967. Nunca vimos a mamãe se queixar do trabalho que tinha conosco. Jamais ouvimos um xingamento dela para nós. Assim são as mães sábias. Trabalham, lutam incansavelmente por seus filhos. Seus corações se alegram pelos filhos que têm. Choram inúmeras vezes ao ver um filho que está doente ou passando por qualquer dificuldade. Se pudessem tirariam dos filhos para por nelas o que está acontecendo de ruim com eles. Ganhei muita coisa boa da mamãe, mas o que mais me valeu a pena foi a sua fé. Desde criança a vi, assentada na cama lendo a Bíblia e ajoelhada, orando, por longo tempo. Na hora das dificuldades, que eram muitas, sempre dizia: Deus proverá. E sempre esta palavra foi verdade, até o último dia de sua vida. Deus proveu todas as suas e tem provido as nossas necessidades até o dia de hoje. Meu irmão Jairo outro dia testemunhou: "Deus pode não ter dado tudo que a mamãe queria, mas Deus tudo que ela precisava". É fato comprovado por todos que a conheceram. Louvo a Deus pela mãe que tive e oro pelas mamães que estão vivas. A todas as mães a nossa gratidão e nosso abraço carinhoso. Por Deus sejam fortalecidas, que o Senhor as abençoe muitíssimo, alargue as suas fronteiras, tenha sobre elas a sua Mão de Poder, protegendo-as, livrando-as de todo mal, de tal sorte que nenhuma aflição maligna lhes sobrevenha (cf. 1 Cr 4. 10), em nome de Jesus. 

Obs.: Mensagem publicada no Jornal de Assis no dia 08.05.2013. 

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